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quinta-feira, 6 de março de 2014

Capítulo 29 - Dedicado a Margarida Oliveira

Quente. Estava quente, muito quente. O barulho do ar-condicionado indicava que o mesmo estava no modo turbo, mas mesmo assim Vanessa se sentia quente. Tentou se mexer e logo sentiu os braços fortes do marido envoltos na sua cintura indicando posse. O sono ganhou forças e ela tentou dormir novamente, mas assim que relaxou sentiu suas costas fervendo. Ainda sonolenta mudou de posição e quando encostou o rosto no peitoral nu do companheiro, logo despertou. Chace estava ardendo em febre. Esticou-se até a cabeceira e ligou o abajur. Ele resmungou ainda de olhos fechados quando ela puxou a coberta. Ele estava com manchas vermelhas espalhadas por todo o corpo e ela sabia que não tinha sido a causadora.

-Amor, acorda. –Pediu o sacudindo de leve.
-Estou cansado, Vanessa.
-Chace, você está com febre.
-Impressão sua.
-Ah, claro. E essas manchas são ilusão de ótica. –Debochou. –Qual o nome dos remédios para a alergia que o médico receitou?
-Deixa isso pra depois, amor.
-Não, não deixo. Cadê o seu celular? Vou ligar para esse médico. –Avisou se levantando. Ele logo deu um salto a impedindo.
-Não vai ligar pra ninguém. Me trás um papel e caneta que eu anoto.
-Ok. –Disse estranhando a atitude dele. Foi à sala atrás de papel e canela e logo voltou para o quarto. Ele anotou os nomes dos medicamentos e entregou a folha para ela.
-Esse de cima é para a febre e o outro é para as manchas. –Disse voltando a se deitar.
-Ok, mas pode se levantar e tomar um banho. Nada de dormir enquanto eu estiver fora. Pode ser perigoso.
-Vanessa...
-Nada de “Vanessa”. Anda, levanta e toma um banho bem gelado.
-Mas... –Escutaram batidas na porta. –Vai vê quem é, mas vai vestida. –Disse insinuando e ela se olhou. Estava apenas de peças íntimas.
-Idiota. –Revirou os olhos enquanto se enrolava no robe. Deixou a porta do quarto entreaberta e se encaminhou até a porta da sala. –Hm, bom dia. –Disse assim que viu dona Susana com uma xícara vazia na mão.
-Bom dia querida. Pode me emprestar uma xícara de açúcar? –Pediu sorridente.
-Dona Susana eu... –Avistou Julie saindo do elevador. –Bom dia, Julie. –Sorriu para a empregada.
-Bom dia, dona Vanessa. –Disse parando na porta do apartamento. –Vim no horário certo?
-Claro, pode entrar. Dona Susana eu estou de saída na verdade, mas quero convidá-la para ir ao mercado comigo para comprar alguns alimentos. A senhora me espera aqui ou no seu apartamento?
-Pode ser aqui mesmo.
-Ótimo. –Deu passagem pra ela. –Sinta-se a vontade. Eu só vou tomar um banho rápido. Julie será que tem como você fazer o menor barulho possível? O Chace está dormindo e vai por mim, você não vai querer que ele acorde.
-Eu vou tentar, dona Vanessa. –A empregada afirmou sorridente.
-Eu já volto. –Disse voltando ao quarto e trancando a porta. –Pare de rir. –Ordenou olhando para o marido.
-Você é muito besta. –Disse recuperando o fôlego. –Deveria ter expulsado ela e não convidado para fazer compras.
-Eu tenho que sair para comprar seus medicamentos e assim ela não vai ter como dizer que não tem açúcar. Vou fazer ela comprar cinco quilos.
-Aham, sei.
-Pare de rir e venha tomar banho. Não vou deixar você dormindo.
-Mas amor...
-Vem, neném. Eu tenho que sair. –Disse tirando o robe.
-Eu posso tomar banho com você? –Fez biquinho.
-Pode, vem. –Ele logo saiu do meio das cobertas.

[...]

-Voltei. –Vanessa avisou abrindo a porta com várias sacolas nas mãos. –Vem me ajudar, Julie. –Pediu para a empregada que logo lhe foi ao encontro. –Você se sente bem? Estás pálida.
-Eu estou bem, dona Vanessa, mas é que... –Tentou argumentar nervosa.
-O que houve? Ah, já sei: Meu marido acordou de mau humor e você ficou assustada. Ele é assim mesmo, não deves te preocupar.
-Não é isso, é que... –Engoliu em seco.
-Você está me deixando preocupada. O Chace te tratou tão mal assim? –Perguntou indo em direção ao quarto, mas o encontrou vazio e o mesmo se repetiu com o banheiro. –Onde está o meu marido? –Questionou voltando a sala.
-Eu não sei, dona Vanessa. Eu estava limpando a cozinha quando ele apareceu perguntando pela senhora. Eu disse que tinhas saído e que eu não sabia quando voltaria. Ele voltou para o quarto e logo saiu com outra muda de roupa. Acho que foi a sua procura.
-Mas eu falei pra ele que iria sair e... Ah não, não, não, não e não. –Resmungou voltando ao quarto.
-O que foi, senhora?
-Como ele estava? Digo, aparentava perturbação ou que estava fora de si?
-Mais ou menos.
-Ah não, droga. –Voltou à sala com o celular. –Eu sabia que não o devia ter deixado só. Ele estava com febre e algo me dizia que ia acontecer de novo.
-O que aconteceu, senhora? Eu fiz algo que não devia?
-Não, você não tem nada a ver com isso. A culpa é minha. Ele não atende. –Disse encerrando a chamada.
-O celular dele é aquele? –Apontou para o aparelho que estava carregando perto do sofá.
-Sim, é. –Resmungou algo que Julie não entendeu e fez outra ligação. –Zac? Eu preciso que você venha ao meu apartamento o mais rápido possível. –Encerrou a chamada antes que ele pudesse negar e correu até o telefone que ficava na cozinha que era usado somente para conversar com o porteiro. –Alô? Senhor Juan? O senhor viu o meu marido passando por aí? {...} Não? {...} Podes transferir a ligação para o segurança? É realmente importante. {...} Obrigado. {...} O senhor está no serviço desde o inicio do dia, certo? {...} Ótimo. O senhor deve ter visto o meu marido passando por aí. É um homem alto e ele estava... –Julie lhe sussurrou como Chace estava vestido. –estava de moletom de capuz. {...} Sim, sim. Esse mesmo. Para que lado ele foi? {...} Ok, obrigado. Se o vires novamente, pode me informar?  {...} Obrigado, senhor. –Recolocou o telefone no gancho. –Julie, eu vou preparar as coisas para quando ele voltar. Quando o Zac chegar me avise. –Ordenou se trancando no quarto. “Droga. Mil vezes droga. Você não devia ter saído pra fazer compras, Vanessa. Devia ter expulsado a dona Susana como o Chace falou. Isso é castigo. Passas-te tanto tempo longe do marido e fica querendo agradar os vizinhos. Mas agora não adianta lamentar e sim tentar corrigir o erro. Tens que encontrá-lo e cuidar dele” pensava Vanessa preparando um banho bem quente. Depois de ligar as torneiras, voltou ao quarto e trocou o vestido por jeans e blusa de manga comprida. Voltou ao banheiro e desligou as torneiras.
-Senhora? –Julie chamou batendo na porta do quarto.
-Sim, Julie.
-O senhor Efron está aqui.
-Já estou indo. –Avisou. Colocou os sais de banho na água e foi para a sala.
-O que aconteceu? –Zac perguntou assim que a viu.
-O Chace sumiu. Ele acordou com febre e eu fui comprar os medicamentos e aproveitei pra comprar algumas guloseimas que ele gosta e quando voltei ele tinha sumido. Eu preciso encontrá-lo Zac. –Disse chorosa.
-Liga pra ele.
-Ele deixou o celular aqui.
-Ele conhece a cidade, Vanessa, não precisa se preocupar.
-Ele estava ardendo em febre e de acordo com a Julie, ele não estava no seu juízo perfeito.
-Ah, os delírios. –Lembrou-se do jantar.
-Eu preciso encontrar o meu marido, Zac.
-Nós vamos encontrá-lo. O porteiro ou o segurança não viram para onde ele foi?
-Para o sudoeste.
-Certo, então vamos. –Saíram do apartamento e assim que chegaram no térreo, o porteiro se aproximou.
-Senhora Crawford, um dos nossos moradores disse que um homem com as características do seu marido perguntou sobre uma praça. –Ele informou.
-Que praça?
-Ele só perguntou por uma praça próxima daqui.
-Então ele deve estar na praça que fica a cinco quarteirões daqui. –Vanessa disse sorrindo.
-Vamos fazer assim: Você vai andando já que não é tão longe e eu vou de carro pra procurar pelas ruas. Quem achar primeiro liga pro outro.
-Ok. –Se separaram. Zac procurou Chace pelas ruas e avenidas que ficavam próximas do prédio e Vanessa entrava nos restaurantes e bares perguntando sobre Chace.

[...]

-Já está escurecendo e nada, Zac. –Vanessa desabafava ao telefone.
-Não vai escurecer tão cedo, Vanessa. Se acalma, ele vai aparecer.
-Devíamos ir a polícia.
-Eles só vão procurar depois de 48 horas. Vamos continuar com as buscas. Já ligou pro prédio?
-Já e nenhum sinal dele.
-Nós vamos encontrá-lo. Eu acho que... Não pode ser.
-O que foi?
-Eu acho que sei onde ele pode estar. Eu já te ligo. –Desligou o celular e acelerou com o carro. Chace não procuraria uma praça qualquer, muito menos fora de seu juízo perfeito. Mas será que ele chegaria tão longe a pé? Assim que ele virou a rua, avistou um corpo alto e magro. –Chace. –Estacionou o carro na vaga mais próxima e foi-lhe ao encontro. –Chace! –Dessa vez gritou chamando-lhe a atenção.
-O que você quer? –Se levantou e Zac viu que ele não estava nada bem.
-Te levar pra casa. A Vanessa...
-Minha esposa.
-Sua esposa está preocupada.
-Achei que tivesse sido bem claro quando ordenei para que você se afastasse.
-Chace, não começa com isso. Você não está em condições de...
-De que? Estou em boas condições, ótimas na verdade. Você não sabe a noite que eu tive. –Sorriu.
-E nem quero saber. Vamos? Eu tenho mais o que fazer do que ser babá.
-Eu não vou com você.
-Chace, por favor...
-Quem me garante que você vai me levar para o meu apartamento?
-Por que eu não o levaria?
-Por que você quer a minha esposa.
-Eu e a Vanessa somos apenas amigos agora, do jeito que você queria.
-Eu não citei amizade. Inimizade foi o que eu disse.
-Da próxima vez, quem sabe?
-Você é muito idiota, mesmo. Eu não quero você perto da minha esposa, eu já disse. A Vanessa é só minha, entendeu?
-Bom pra você, agora vamos.
-Não, Efron, eu ainda não terminei de falar.
-Pois diga então. –Disse depois de um suspiro.
-Você já falou pra ela o que aconteceu?
-Não, lógico que não e nem pretendo. Apesar da sua canalhice, ela gosta de você e eu não vou desenterrar assuntos do passado. Eu me importo com a felicidade dela.
-Até que você é esperto. Saiba que se você falar alguma coisa, ela vai ficar contra você.
-Duvido muito, mas continue.
-Eu sei o que estou dizendo, mas se quiser tirar a prova...
-Não, eu não quero. Continue.
-Pois bem. Não quero você perto da minha esposa.
-Lamento, mas nós trabalhamos juntos.
-Então não fique sozinho com ela.
-Olha, Chace, o que eu sinto pela Vanessa agora é carinho. Ela não me interessa mais como mulher, não precisa você se preocupar.
-Por que será que eu não acredito em você?
-Não sei. Por que a gente não volta e pergunta pra Vanessa? Ela deve saber a resposta.
-Eu não vou voltar com você. –Disse antes de lhe dar as costas.
-Chace, é serio. Nós precisamos voltar. –Disse o seguindo.
-Eu queria trazer a Vanessa aqui ontem, mas o jantar com vocês atrapalhou meus planos e claro, aquela maldita escola também. –Apontou.
-Eu trouxe ela aqui quando ela voltou e não aconteceu o que você está pensando. Ela sente falta daquele tempo, sem preocupações, só curtição, mas gosta da realidade.
-A primeira coisa que eu fiz quando ela aceitou viajar comigo foi vim aqui com um estilete e marcar essa árvore. –Aproximou-se de uma árvore e Zac lembrou-se de quando tinha marcado o seu nome e o de Vanessa nela. –Eu coloquei o meu nome por cima do seu e ficou bem melhor.
-Eu percebi.
-Eu não ia fazer isso, claro, mas a prefeitura negou o meu pedido para cortarem essa árvore e eu não tive escolha. Não podia deixar essas lembranças atrapalharem meus planos.
-Planos insanos você quer dizer.
-Bons planos.
-Você quer mesmo continuar com isso? Se você não tem mais o que fazer, eu tenho. Perdi um dia inteiro de trabalho procurando por você.
-Por que quis.
-Por que a Vanessa me pediu.
-Olha, Efron, o que você quer dando uma de bonzinho? Não pense que me engana com essa de amigo incondicional.
-Eu só quero a felicidade dela, ao contrário de você.
-O que você quer insinuar com isso?
-Não quero insinuar nada, os seus atos comprovam. Você afastou ela de mim sem se importar com o sofrimento dela.
-Era uma paixão boba de adolescente e como você mesmo disse, ela está feliz agora. Ela não precisa de você, nunca precisou.
-Você é muito cara de pau mesmo. Ela pode até estar feliz, mas a que preço? Quantas lágrimas ela não derramou pelo seu ato impensado?
-Pelo menos eu fui mais homem do que você e lutei por ela. O que foi que você fez mesmo? Ah, sim, nada. Me entregou ela numa bandeja de prata.
-Não foi bem assim. –Disse tentando se controlar. Sabia que Chace não estava bem de saúde, mas isso não deixava de ser uma afronta. Ele se arrependia de tê-la deixado partir tão facilmente, mas as circunstâncias favoreciam a Chace.
-Foi, você sabe que foi. Acho que você não a amava como dizia e que ela era apenas um capricho seu. Sabia que ela até que esqueceu você mais rápido do que imaginei?
-Bom pra você, mas eu não me importo.
-E a nossa primeira vez, nossa. Se algum dia ela gostou de você, ficou bem no passado. Eu tenho que te agradecer por tê-la deixando intacta pra mim. Agora, não sei se agradeço o favor ou a burrice. Como você conseguiu? Ela tem um corpinho tão pequeno e sexy...
-Chace, eu não quero saber. Considero isso uma falta de respeito com ela que não está presente.
-E ela tem umas curvas. –Continuou ignorando a repreensão de Zac. –Claro que ela era inexperiente no início, mas logo pegou o jeito.
-Chega. Eu não quero saber.
-Ah, não quer? Não seja mentiroso. Eu tenho certeza de que você já deve ter tido sonhos eróticos com a minha esposa. –Disse o empurrando de leve. –Confesse, eu sei que já.
-Chace, para. –Pediu se afastando.
-Você deve ter tentado algo a mais, mas ela como a santa que era, negou. –O empurrou de novo.
-Eu nunca a desrespeitei, pare com isso.
-Não minta. Eu sei que você já sonhou com isso, eu também já sonhei, mas claro que no meu caso virou realidade, já no seu... –Começou a gargalhar e Zac constatou que ele novamente delirava. –Confesse, Efron.
-Eu não tenho nada a confessar e mesmo se tivesse, você não é padre.
-Olha só, é comediante também? Que fofinho. –Lhe apertou as bochechas.
-Pare com isso. Eu não lhe dei liberdade para essas brincadeiras.
-Sério, Efron, de homem para homem: Você já quis ter a minha esposa na sua cama, não?
-Eu sei o que você está tentando fazer, mas não vai acontecer. E outra, eu já disse que acho isso uma falta de respeito com a Vanessa.
-Você quer, não é? O seu olhar ganha um brilho diferente quando você fala dela. Você a deseja, não é?
-Não, Chace, eu não...
-Não minta pra mim. Eu sou homem e sei muito bem o que você sente ao ficar ao lado dela. Eu consigo identificar o nervosismo e a animação que você sente. Você a quer, não é? –O empurrou mais forte.
-Não, eu não a...
-Não minta, eu já disse. –Gritou. –Escuta bem, Efron: Você pode desejá-la o quanto quiser, mas ela é somente minha.
-Não a trate como um objeto.
-Eu a trato como eu quiser. Ela é minha esposa e somente minha, entendeu? –O empurrou e Zac revirou com um soco. Estava farto das agressões físicas e psicológicas de Chace.
-Você é um imbecil. –Tentou agredir Zac, mas logo caiu em seus braços. A febre estava muito alta e ele sentia-se fraco.
-Eu não queria fazer isso, eu apenas... –Chace se mexeu em seus braços e ele o viu vomitar um líquido vermelho. –Você não está nada bem. Vamos logo para o apartamento. A Vanessa vai saber o que fazer com você.

[...]

-Vanessa, abre a porta. –Zac pediu batendo na porta com a mão livre. Ele e o porteiro tinham carregado Chace até o apartamento.
-Desculpa, eu tinha que terminar de arrumar algumas coisas para Chace. Entrem. –Pediu abrindo mais a porta e lhes dando passagem. –Deixem ele na sala mesmo. –Pediu e eles o deitaram no sofá. –O que houve com ele? –Perguntou notando o lábio magoado e a blusa manchada do marido.
-Quando eu o encontrei ele....
-Eu sei que ele vomitou, você já me disse isso. Eu quero saber o porque do lábio dele estar cortado.
-Tivemos uns desentendimentos e...
-Você socou ele? Você é maluco? Qual parte do “ele está doente e delirando” que você não entendeu? –Gritou avançando em Zac.
-Ele me provocou, Vanessa.
-Ele está delirando. Você não sabe o que é isso? Ele não está totalmente consciente dos seus atos.
-Eu não queria ter feito isso. Me defendi por reflexo.
-Reflexo? Não minta pra mim. Você é muito controlado para se defender por “reflexo”.
-Mas foi o que aconteceu. Se eu pudesse voltar atrás, eu...
-Mas você não pode. Você o provocou durante todo o almoço e o jantar e mesmo ele sendo explosivo, se controlou por mim. Você não poderia fazer o mesmo?
-Desculpa, ok? Eu já pedi desculpas pra ele também e...
-Não acho que suas desculpas vão mudar alguma coisa, então não.
-Vanessa, por favor...
-Senhor Juan, obrigado por sua ajuda. –Ela disse ignorando Zac.
-Tudo bem, senhora. Qualquer coisa me chame. –O porteiro disse antes de se retirar.
-Aproveita o embalo e vai embora também. –Ela disse se aproximando de Chace.
-Não, eu não vou te deixar sozinha. E se ele delirar novamente?
-Eu chamo o porteiro.
-Não, Vanessa. Eu sei que você está magoada e eu também estou me sentindo mal pelo que eu fiz. Eu vou ficar para te ajudar, você querendo ou não, afinal, você vai precisar de mim –Cruzou os braços e ela viu que ele estava falando sério.
-Amor? –Chamou o marido.
-Meu neném. –Ele disse acariciando o rosto dela, fazendo-a rir.
-Você está se sentido bem?
-Mais ou menos.
-Vamos tomar um banhozinho, hm? Eu preparei um banho bem gostoso pra você.
-Agora, amor?
-Agora sim. Está quase passando da hora de você tomar os medicamentos. Vem, vamos. –O puxou de leve.

[...]

-Ele já dormiu. –Ela avisou fechando a porta do quarto. –Você já pode ir.
-Eu não vou embora até ter a certeza de que ele está melhor.
-Eu posso lidar com o meu marido, não se preocupe.
-Bom pra você. –Disse se acomodando no sofá. –Podes me trazer uma coberta, por favor?
-Como? Eu não me lembro de ter te convidado para passar a noite aqui.
-Eu não preciso de convite. Se possível me traz aquele cobertor branco com bolinhas vermelhas.
-Tudo bem. –Disse depois de suspirar. Foi ao quarto e logo voltou. –Aqui. –Jogou o cobertor e um travesseiro nele.
-Obrigado.
-Qualquer coisa tem comida da geladeira.
-Qualquer coisa grite. –Disse e ela revirou os olhos voltando a se trancar no quarto.


-----x-----

Hey, girls. Lembram de mim? Quero pedir desculpas pela demora do capítulo. Eu comecei a escrever o capítulo na espera de mais comentários e depois fiquei sem ideias, mas contei com a ajuda da brilhantíssima Margarida Oliveira que me ajudou com o capítulo e por isso o capítulo é dedicado a ela. Eu só fiz a primeira parte, o resto foi com ela. Obrigado croma, de verdade ♥ A Margarida me ajudou bastante e eu acabei perdendo parte do capítulo o que me desanimou, mas consegui terminá-lo hoje. Espero que gostem e se tiverem erros, me desculpem. Eu vou tentar postar hoje em Bring The Pain e por isso a pressa. Obrigado a quem comentou.
Xx

6 comentários:

  1. i need zanessa!
    Por favor acaba logo esse negocio da Van e do Chace isso e nojento. Ele é né?!

    Mas acho que a Van poderia ficar um pouco com ciúmes do Zac seria legal.

    Adorei o capitulo flor. incrível como sempre! Desculpe não poder comentar sempre!!!

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  2. Amei amei amei o capítulo.
    Até quando o Chace acha que vai conseguir esconder a doença da Vanessa?
    O Zac foi um amor em ajudar a Vanessa.
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    Bjos

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  3. Own o zac é mesmo muito fofo.
    também quero saber até quando o chace vai esconder
    da vanessa que está doente. espero também que
    eles terminem logo, porque eu quero zanessa.
    o capitulo está perfeito!!!

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  4. E depois diz que não suporta tanto amo próprio? Se sou convencida a maior parte disso é culpa tua :P E eu não fiz nada besta tu que fez e ainda perdendo tudo ainda bem que conseguiste relembrar do que querias escrever está muito bom :)

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  5. Chace pilantra..pelo q entendi ele armou pra separar V & Z a tempos atras.só uma coisa a dizer..Vanessa abre o olho mulher!!

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  6. como eu odeio esse Chace argh
    espero que a V e o Zac voltem logo...
    e por favor posta outro capitulo da outra fic Bring the pain porque eu to adorando a história e já até divulguei na minha page pra ter mais leitores hehe
    bjuss e posta logo :)

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